sexta-feira, 6 de abril de 2012

O QUE É O LÚPUS?


O Lúpus é uma doença cronica que pode afectar pessoas de todas as idades, raças e sexo. Tendo, no entanto, nas mulher adultas o maior número de pacientes.(90% são mulheres,entre 15 e 40 anos de idade)É considerada uma doença auto imune porque o corpo não tem as defesas necessárias para combater as infecções e ainda se ataca a si próprio. (O sistema imunitário é uma rede complexa de órgãos, tecidos, células e substâncias encontradas na circulação sanguínea, que agem em conjunto para nos proteger de agentes estranhos. Nos doentes de Lúpus este deixa de reconhecer constituintes do seu próprio corpo, passando a atacá-los como se fossem estranhos)Não é uma doença contagiosa, infecciosa ou maligna, mas é uma doença cronica, não tem cura, podendo haver uma remissão que permita a paragem do tratamento por grandes períodos de tempo ou até para o resto da vida

CAUSAS PROVÁVEIS DO LÚPUS
O Lúpus é uma doença de causa desconhecida. Mas vários estudos levam a algumas hipoteses:
Genética - alguns cientistas acreditam numa predisposição genética à doença, mas ainda não se conhece os genes causadores, até porque apenas 10% dos pacientes são hereditários e só 5% de crianças de pais que tem Lúpus desenvolvem a doença. Mas como 90% dos pacientes de Lúpus são mulheres em idade fértil, parece haver uma associação com o estrógeno, (um hormônio produzido pelas mulheres em seus anos reprodutivos) que se revelou, em experiências feitas com animais, ter um efeito acelerador na doença: fêmeas a que retiraram os ovários antes da puberdade, e que receberam altas doses de hormônio masculino, tiveram a doença menos intensa ao contrário das que receberam altas doses de estrógeno e tiveram a doença exacerbada.

Stress - o stress é comprovadamente um disparador da doença. Os cientistas confirmaram a possibilidade da adrenalina ou cortisona influenciarem o desenvolvimento da doença.

Luz Ultravioleta - exposição à luz solar. Cerca de 30 a 40% dos pacientes apresentam sensibilidade ao componente ultravioleta vindo da luz solar ou artificial, em função da alteração no DNA, estimulando a produção anormal de anticorpos contra ele. As células da pele (queratinócitos) quando expostas à luz ultravioleta actuam nos linfócitos que produzem anticorpos. A luz ultra-violeta dificulta a retirada dos imunocomplexos da circulação, que se podem depositar nalguns tecidos provocando inflamação.
Vírus - é possível que linfócitos B sejam infectados por vírus e provoquem a produção de anticorpos em pacientes susceptíveis. 


Substâncias Químicas - alguns remédios como procainamida (para distúrbios do coração), hidrazida (para tuberculose), difenilhidantoína (para epilepsia), hidralazina (para pressão alta), podem produzir um conjunto de sintomas semelhante ao Lúpus em pacientes predispostos. Descobriu-se que os pacientes demoram mais para metabolizar essas drogas, bastando a suspensão do uso para a regressão dos sintomas

SINTOMAS DO LÚPUS
São vários os sintomas do Lúpus podendo não estar presentes todos ao mesmo tempo, algumas pessoas apresentam apenas alguns deles.
No entanto
só com um conjunto de quatro, no mínimo, se pode considerar doente de Lúpus:

Erupção na face sobre a zona do nariz e bochechas em forma de borboleta
Erupção lembrando a mordedura de um lobo (Lúpus discoide)
Sensibilidade aos raios solares (lesões após a exposição aos raios ultravioletas)
Erupções bucais e naso-faringeas 
Queda de cabelo.
FadigaDores de cabeça
Dores e inchaço nas articulações devido 
a inflamações articularesSerosite (inflamação do revestimento do pulmão - pleura, e coração - pericárdio
Variações no sistema nervoso (psicoses ou depressões que vão de simples alterações de humor a estados convulsivos)
Vários resultados anormais em análises clínicas:


Alterações renais (presença de proteínas e sedimentos na urina), baixa contagem de células brancas (leucopenia) ou plaquetas (trombocitopenia), anemia causada por anticorpos contra células vermelhas (anemia hemolítica), anormalidades imunológicas (células LE, ou anticorpos anti-DNA, ou anticorpos SM positivos, ou teste falso-positivo para sífilis), fator antinúcleo positivo (FAN)


TRATAMENTO 
Os medicamentos mais usados no tratamento do Lúpus têm dois objetivos básicos: reduzir a inflamação dos tecidos afetados, e inibir anormalidades do sistema imunológico consideradas responsáveis pela inflamção. Mas também são necessários outros remédios para o tratamento das complicações normalmente observadas na doença: contra a retenção de fluidos, contra a hipertensão, anticonvulsivos, e antibióticos. Os anti-inflamatórios aliviam os sintomas da inflamação responsáveis pela dor, febre, fadiga, artrite, ou pleurisia.

São utilizados dois tipos de anti-inflamatórios: os não-esteróides (salicilatos, tipo aspirina), e os corticosteroides.
A melhoria dos sintomas geralmente é notada após vários dias de tratamento. Na maioria dos doentes os anti-inflamatórios são os únicos medicamentos necessários para controlar a doença. Os sintomas do Lúpus respondem rapidamente ao tratamento com corticosteróides.

A forma de ministrar e de dosagem destes medicamentos depende das necessidades individuais de cada paciente devendo ser sempre feita pelo médico que o acompanha, de modo a serem mantidas as doses mais baixas possíveis e nunca ser interrompido subitamente o tratamento. 
Há doentes com manifestações mais sérias, como a nefrite lúpica ou distúrbios neurológicos onde o tratamento com corticosteróides não resulta e é aplicada quimioterapia.Devido aos efeitos tóxicos associados a estas drogas, alguns dos quais muito sérios, é muito importante que seja conduzido apenas por médicos especialistas.
Efeitos Secundários do Uso Prolongado de Esteroides 
O uso de doses elevadas e tratamentos prolongados podem causar mudanças na aparência física do paciente tais como, ganho de peso, inchaço das bochechas, afinamento da pele e dos cabelos, e facilidade para ferimentos. Desconfortos estomacais como dispepsia ou azia são comuns e podem ser minimizados com a ingestão das drogas durante as refeições ou juntamente com outros remédios para prevenir danos ao estômago. Os pacientes podem notar mudanças de humor que incluem a depressão e volubilidabe emocional (alterações de humor). Os corticosteróides podem ainda causar diabetes, aumentam o risco de infecções ou, quando ministrados por vários vezes, podem causar catarata. Podem ainda atingir os ossos, causando danos nas juntas do quadril, joelhos, ou outras articulações.
CONVIVER COM LÚPUS

Muitos dos doentes com Lúpus necessitam de acompanhamento psicológico. 


Não só porque a doença e a medicação provocam grandes alterações no sistema nervoso, mas porque os sintomas por vezes são visíveis (dificuldade na mobilização dos membros, manchas avermelhadas na face e menor quantidade de cabelo), fazem com que os doentes tenham dificuldade em conviver e se sintam inferiorizados. Devem por isso procurar a ajuda de técnicos e tentar enfrentar estes problemas com naturalidade.São quase sempre situações temporárias que acompanham cada crise. O cumprimento rigoroso da medicação e tomada de precauções facita a controlar a doença e aliviar as pressões nervosas, levando o doente a sentir-se melhor psicológicamente, podendo mesmo levar a uma situação de inactividade do Lúpus.

0 comentários:

Postar um comentário

Contato

Fale Conosco

Entre em contato com nossa unidade, fale com nossos profissionais e tire suas dúvidas quanto aos nossos programas

Endereço

Rua Filomena, s/nº - Inhoaíba

Funcionamento

De Segunda a Sexta das 08h às 20h | Sábado das 08h às 12h

Telefone

(21) 3377-2850

Tecnologia do Blogger.