sábado, 28 de abril de 2012

INTERCONSULTA COM NASF

           INTERCONSULTA
Sindrome de Down no PSF
Na Estrategia da Saúde da Família a equipe multidisciplina trabalham em conjunto em busca de melhorar nosso atendimento. A implementação do NASF na Estrategia da Saúde da Família vem melhorando a qualidade do atendimento . Como podemos observar uma interconsulta multidiciplinar do Enfermeiro Hiury, Fonoaudiologa Anne e Fisioterapeuta Carla, ao uma criança com Sindrome de Down. Bryan de 7 meses. 

  Indivíduo com Síndrome de Down e a inclusão familiar

Por Fernanda Travassos-Rodriguez
Fala-se muito a respeito da inclusão escolar e social do indivíduo com Síndrome de Down, contudo se esquece de que quem apresenta e inclui a criança desde o nascimento na sociedade é a própria família. Alguns pais de bebês, vítimas de um (pré) conceito internalizado, muitas vezes, enraizado e tácito, retraem-se do contato social aparentemente por temor ao preconceito alheio. No entanto, não se dão conta de que através dos olhos de outros possam ver o reflexo de seus próprios afetos temidos e guardados, que freqüentemente despertam-lhes sentimentos de vergonha e culpa.
Cada um de nós constrói ao longo da vida suas crenças, valores, conceitos e mesmo preconceitos. Este processo é uma construção em via de mão dupla com o meio em que vivemos. Escrevemos a nossa história dentro de uma época, de uma família e de uma sociedade. Sem este contexto, não poderíamos atribuir valor a nada nas nossas vidas. São os nossos paradigmas. Entretanto, pensando em práticas sociais, podemos dizer que o mundo de alguma maneira nos forma, mas também podemos dizer que formamos o mundo, pois são as nossas idéias, produto da nossa história com o nosso meio, que “realimentam” os paradigmas da nossa cultura. Sendo assim, o preconceito social não existe como uma “entidade própria”, ele é constantemente reproduzido pela maioria de nós no cotidiano. 

A equipe interdisciplinar e profissional de referência

Julia Linzmeier
O bebê com Síndrome de Down deve freqüentar um programa de estimulação precoce. Particularmente acredito que o programa deve ter um enfoque integrado baseado em duas proposições distintas, uma com base nas áreas motoras (fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional) e outro com base na disciplina psicológica, pois, estimulações meramente mecânicas certamente fazem a criança falar bem, andar bem, mastigar bem, no entanto, por vezes, é só isso; não se pensa que nesta fase de bebê há um sujeito psicológico se constituindo e que precisa dar sentido ao andar, ao mastigar e ao falar. Falar o que e para quem? Não serve falar qualquer coisa, este falar, por exemplo, precisa ter sentido e significado e isso, na maioria das vezes, não é trabalhado em uma estimulação puramente motora, até porque os profissionais destas disciplinas não têm formação para este tipo de intervenção. Dou ênfase a este aspecto, pois sabemos que a deficiência mental está presente no quadro da Síndrome de Down e que os atrasos motores são corrigidos se bem estimulados desde cedo, mas este trabalho precisa deixar a criança desenvolver-se também de maneira espontânea, criativa e afetiva. Assim, elas estarão prontas para entrar em contato com o mundo “de fora”, para uma inclusão mais ampla na sociedade e com uma possibilidade maior de sucesso, pois em um mundo que pouco respeita as diferenças individuais, a criança com Síndrome de Down como qualquer outra precisa ter um certo “jogo de cintura” e uma boa dose de segurança para se lançar ao convívio social e escolar, isto inclusive deixa os pais mais tranqüilos e seguros.
Uma equipe interdisciplinar de estimulação precoce para um bebê com diagnóstico de Síndrome de Down deve ser composta pelas áreas referentes ao que ele necessita de atenção nesse momento de vida: fisioterapia, fonoaudiologia e psicologia; ou seja, os aspectos motores, motores/orais e de linguagem e cognitivo- relacionais.
Ao iniciar atendimento numa equipe de estimulação precoce, o bebê e seus pais costumam chegar com informações sobre diagnóstico, possibilidades e dificuldades que enfrentarão. Tais informações chegam emaranhadas em crenças, suposições e frustrações. Nesse momento, o manejo desses dados pela equipe terapêutica deve ser de extrema cautela. Deve-se levar em consideração não só esses dados – que são importantes para se pensar o que se espera desse bebê, como ele é visto neste momento e que lugar lhe é dado nessa família – mas também as produções do bebê - tônus, postura, movimento, linguagem, exploração dos objetos, alimentação e etc..
Ao se pensar no trabalho interdisciplinar como o grande suporte para a realização da estimulação precoce, pensa-se a criança como um todo, única, jamais como um corpo dividido em membros, boca e cérebro; além disso, leva-se em conta a criança em seu contexto familiar e sócio-cultural.
Uma característica importante que se deve esperar da equipe de estimulação precoce é a aposta de que o diagnóstico não é tudo que se pode dizer sobre uma determinada criança e nem a experiência dos terapeutas da equipe determinante para os limites e possibilidades dessa. Sem dúvida conhecimento e vivência são essenciais para os profissionais que acompanham a criança, mas jamais determinantes de quem essa criança é e como ela será.
Com a troca entre disciplinas, aquisições motoras, como por exemplo, o engatinhar, são investidas e compreendidas como uma conquista da criança que deseja ampliar a exploração do seu entorno, como uma transformação da relação com seus pais feita pela criança e como uma possível mudança de olhar da família sobre esta, em virtude da atitude que não combina mais com fragilidade e vulnerabilidade, e sim com autonomia e crescimento. Dessa forma, manobras motoras são feitas para se atingir sim o objetivo motor, mas como uma aposta da equipe interdisciplinar num “convite” à criança a engajar-se nas relações, a investir no meio, algo essencial para seu desenvolvimento.
Obrigado por Cuidar de mim!!!
BEIJOSSSS


Um comentário:

  1. As interconsultas me ajudam a realizar um atendimento de qualidade ao usuario, tendo uma visão geral e humanizada

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